2. Bispo de
Limeira-SP
Matéria tirada
da Internet:
https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2019/04/13/bispo-de-limeira-teria-pedido-r-50-mil-a-igreja-para-comprar-imovel-particular-diz-inquerito.ghtml |

Com a negativa de conselho, bispo
teria conseguido R$ 150 mil para reformar diocese; religioso é
acusado de extorsão, enriquecimento ilícito e de acobertar casos
de assédio sexual.
Por
EPTV 2
13/04/2019 19h49 Atualizado há 3 anos
O inquérito enviado pela Polícia
Civil ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) aponta
denúncias de que o bispo de Limeira (SP), dom Vilson Dias de
Oliveira, teria pedido à igreja R$ 50 mil para comprar um imóvel
particular. Ele é acusado de extorsão, enriquecimento ilícito e,
e ainda, de acobertar assédios que teriam sido cometidos pelo
padre de Americana (SP), Pedro Leandro Ricardo.
Dom Vilson foi investigado pela
polícia civil a pedido do MP-SP. O resultado foi um inquérito de
mais de 300 páginas que cita diversas denúncias de extorsão para
enriquecimento ilícito.

Vaticano apura denúncias de extorsão e coação por bispo de
Limeira — Foto: Reprodução/EPTV
Em um dos casos, de 2012, um então
integrante do conselho consultivo de uma igreja em Americana
afirma em depoimento que um pároco, na época, disse aos
conselheiros que o bispo dom Vilson pediu a doação de R$ 50 mil.
Ele deu a entender que aquela quantia era para uso particular,
insinuando que seria para compra de um imóvel.
Segundo o conselheiro, o padre teria
comentado que o bispo disse que se a doação não fosse aprovada,
ele iria tirar R$ 150 mil da igreja. Essas informações estão na
ata da reunião que foi apresentada pelo padre no dia do
depoimento.
O conselho não autorizou a doação,
já que era para uso particular. O padre confirmou em depoimento
à polícia que, por causa da negativa da igreja, o bispo pediu a
contribuição dos R$ 150 mil para obras na Diocese de Limeira.
Em outra denúncia de extorsão, em
2015, o bispo dom Vilson teria pedido R$ 4 mil a um padre de uma
paróquia em Artur Nogueira (SP). O padre disse, em depoimento,
que o dinheiro era para construir um poço artesiano na casa de
praia de dom Vilson, em Itanhaém (SP), na baixada santista.
Dinheiro do próprio patrimônio e
dificuldades financeiras
Dom Vilson entregou documentos
para o inquérito da polícia que confirmam que ele comprou dois
imóveis no litoral sul de São Paulo nos últimos quatro anos no
valor de mais de R$ 1 milhão.
Mas em depoimento, ele alegou
que tudo foi comprado com dinheiro que vem do patrimônio da
família dele e com recursos que ele recebeu das atividades
religiosas e também do salário que recebe da Diocese, R$ 12 mil
por mês.
Na lista de bens estão um
terreno na Avenida Beira Mar, no valor de R$ 460 mil, e duas
casas em Itanhaém, uma avaliada em R$ 550 mil e outra em R$ 280
mil.
No depoimento à Polícia Civil,
o bispo confirmou ter recebido dinheiro do padre de Artur
Nogueira, mas alegou que foi uma doação porque passava por
dificuldades financeiras naquela época.
Já em relação às declarações
do outro padre, o bispo se defendeu e disse que ele teria pedido
várias vezes para ser afastado porque estava doente, mas exigiu
que o substituto fosse alguém indicado por ele.
Dom Vilson disse que não
acatou a exigência do padre, e segundo ele, a partir daí, o
padre começou uma série de denúncias infundadas junto ao
Vaticano. O religioso também afirmou que nunca exigiu qualquer
valor em dinheiro de qualquer sacerdote da diocese em troca de
cargos ou qualquer outra finalidade.